O motivo do acidente será investigado por uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), que era aguardada no fim da tarde de hoje. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Maringá, algumas pessoas comentaram terem visto um pouco de fumaça nas asas antes de o avião cair.
Aeronave que pertence à Construtora Sanches Tripoloni caiu no distrito de Água de Valência
Três pessoas morreram na queda de um bimotor na manhã de hoje, em Ângulo, a cerca de 440 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná. A aeronave pertence a Antônio Sanches, um dos sócios da Construtora Sanches Tripoloni. Ela tinha levantado voo do aeroporto Silvio Name Junior, em Maringá, às 8h24, mas caiu a cerca de 35 quilômetros, em um local de pastagem. O último contato com a torre de controle do Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, foi feito às 8h50.
A Construtora Sanches Tripoloni emitiu uma nota informando que estavam a bordo o piloto Juliano Vargas Vital e os passageiros Nelson Busato dos Santos Junior e Paulo Ferracini, genro de um dos sócios da companhia. Eles se dirigiam a uma fazenda em Mato Grosso. De acordo com a nota, "o piloto era experiente e já somava mais de duas mil horas de voo". O bimotor foi adquirido este ano pelo atual proprietário e contava com 200 horas de voo.De acordo com o tenente Nivaldo do Rego, do Corpo de Bombeiros de Maringá, a parte central do bimotor modelo Beechcraft Baron G-58, prefixo PP-KST, onde ficam o piloto e os passageiros, não teve muitas avarias. "O cockpit está inteiro", disse. Uma equipe de bombeiros permanecia no local durante a tarde aguardando os peritos e para prevenir algum incêndio com a aeronave, que estava com o tanque de combustível cheio.
Recentemente, a Sanches Tripoloni teve o nome vinculado a denúncias de que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, teria utilizado um King Air prefixo PR-AJT, pertencente a outro sócio da construtora, para viagens durante a campanha eleitoral do ano passado.
A empresa tem contrato com o governo federal para realizar obras em um contorno rodoviário de Maringá. Alegando falta de provas de irregularidade, a Comissão de Ética da Presidência da República arquivou ontem uma investigação que tinha sido aberta.
Fonte: IG